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Distanciamento social

  • jvcbcarvalho
  • 10 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Voltando à normalidade, de 2020, acontecimentos envolvendo o presidente estiveram em pauta durante semana. Bolsonaro foi o único ser humano conhecido, supostamente infectado por coronavírus e curado, na mesma semana em que apontou o contágio. É, realmente um histórico de atleta bem difícil de se contestar. O presidente não só se mostra totalmente incapaz de agir ante a situação, como corrobora diariamente para o agravamento da crise. Guardadas as críticas, talvez até óbvias demais para o momento, tenho pensado em como seguiremos em um país com tal peso. São aproximadamente 70 mil mortos e 1,7 milhão de infectados, não estamos nem próximos do fim, mas as pessoas já saíram de casa... O país apressa medidas contra o isolamento. Não há mais defesa de um ponto de vista, o governo simplesmente optou por não se responsabilizar pela pandemia, age a fim de diminuir os efeitos da crise econômica para os ricos. A manutenção dessa tão importante vida “normal” entre essas pessoas, é um ultraje à humanidade por um todo, total desrespeito às milhares de mortes, mas não basta se indignar ne, é preciso falar sobre. Como entender o que pretende o Brasil quando pensamos na falta de assistência do Estado¿ Ora, a pontualidade da situação é evidente, não tivemos em um passado recente um Estado tão voltado às práticas elitista vistas em Bolsonaro. No entanto, não é de hoje que fortalecemos a manutenção das desigualdades. Não há forma de entender os problemas de hoje sem que responsabilizemos essa situação. Não tão simples como o dito, mas seria basicamente isso, o Estado brasileiro não só promove a morte da população pobre, com mantém a sobrevivência dos ricos. A deturpação do assistencialismo governamental acontece há décadas, não é de hoje que o lazer dos ricos acontece em detrimento do bem estar da maioria da população, entendemos um pouco do ocorrido no Leblon ao início da semana. Como se pode comemorar uma “vida normal” em um país com tantos problemas em foco no momento¿ Em busca de melhoras, falamos muito sobre os privilégios e manutenção da estrutura desigual, mas não basta. Busco sempre falar de dados e consequências lógicas disso e aquilo, mas não é o momento. Precisamos falar de humanidade. É necessário sentir a dor do Brasil, é preciso entender que quase 70 mil vidas se foram e muito mais há de vir. É preciso que lembremos as escolhas de quem opta pelo fim do isolamento, apesar de guiadas por um governo totalmente incapaz, são diretamente responsáveis pelas mortes diárias. Querer uma vida normal, em julho de 2020, é totalmente egoísta e requer um distanciamento forte da real situação do país.












 
 
 

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